17 de maio de 2011
Há 24 anos acontecia, em Bauru (SP), o II Congresso Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, onde, a partir de um questionamento profundo sobre as instituições manicomiais, foi organizada a primeira manifestação pública no Brasil a favor da extinção dos manicômios.
Nascia, assim, o Movimento Antimanicomial.
Uma nova mentalidade com foco na inserção dos Usuários da Saúde Mental, no mundo da cidadania, no espaço da cidade e no mundo dos direitos, leva a sociedade a questionar o tratamento dado a essas pessoas dentro dos manicômios.
Um dos objetivos principais desse movimento é sensibilizar o estado e o governo a implantar sistemas substitutivos para atenção à saúde mental.
Esse movimento desencadeou uma Reforma Psiquiátrica no país, sintonizada com o que acontecia no mundo. Uma política foi implantada, elegendo prioridades e sustentando, no campo sem limites da Saúde Mental, uma posição clara sobre onde investir o dinheiro público em tratamentos psiquiátricos. Além da criação de novos serviços, outros tiveram que se modificar, para atender às portarias instituídas no sentido de garantir dignidade aos pacientes.
De lá para cá, o movimento evoluiu e fez história…
“Cuidar sim, excluir não” |
Hoje, o Brasil conta com serviços fora dos muros dos manicômios.
Saiba mais sobre eles nos links a seguir.
Se você apoia a causa, venha desfilar por ela. Nesta quarta-feira (18/05), a partir das 13h, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) realiza um desfile em comemoração ao “Dia Nacional da Luta Antimanicomial”. A concentração acontecerá na Praça Sete, de onde os integrantes da escola de samba “Liberdade Ainda que Tam Tam” vão desfilar pelas ruas da capital.
Para saber mais, clique aqui.
Espelho: DC de Loureiro (Usuário da Saúde Mental, associado da Suricato)
Panos de Prato: Mª Aparecida de Jesus, Fátima Mª de Lima, Lourdes de Oliveira e Desemir Texeira Araújo (Usuários das oficinas de artesanato do Centro de Convivência Cezar Campos/PBH)
O Departamento Socioambiental da Vina vem desenvolvendo diferentes ações que apoiam os programas de política pública da Saúde Mental em BH. Essas ações passam tanto pela aquisição de objetos e serviços quanto pela tentativa de inserção destes usuários no mercado de trabalho, através
do Projeto Piloto Aracê* : inclusão social via mercado formal de trabalho.
* Por se tratar de um projeto piloto, ainda não podemos divulgá-lo formalmente.
Sensibilização Projeto Piloto Aracê: objetos e produtos confeccionados pelos Usuários dos Centros de Convivência decoraram o ambiente.
O documentário Estamira conta a história de uma mulher de 63 anos que sofre de distúrbios mentais e vive e trabalha há mais de 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho. Com um discurso eloquente, filosófico e poético, a personagem central levanta de forma íntima questões de interesse global.
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