1 de agosto de 2012
Data: 4 de agosto de 2012 – Sábado
Horário: 13h às 17h
Local: Praça Duque de Caxias = Praça de Santa Tereza
A valorização da diversidade é fruto da crescente percepção de que todos somos diferentes. A cor da pele, a forma do corpo, o jeito da fala, o comportamento social, a organização da vida familiar e a opção afetiva caracterizam a cada um de nós em sua singularidade. Para o grupo proponente da manifestação “Preconceito Zero – Todo mundo cabe no mundo” não está mais em pauta a aceitação das diferenças, mas sim a valorização das diferenças.
Movidos por sentimentos e por conceitos cooperativos, ecológicos e éticos, a diversidade de comportamento gera bons frutos. Pode-se cortar o cabelo para um lado e para o outro, andar de cadeira de rodas, a pé ou de carro, falar em Libras ou em português, ler em Braille ou na tela do computador, pensar mais rápido ou mais devagar – em cada uma dessas escolhas ou situações, somos pessoas vivendo e buscando a realização de nossas habilidades e vontades. O preconceito contra a imperfeição é ainda uma prática constante, como se seu oposto existisse. Somos todos imperfeitos.
Um grupo autônomo de Belo Horizonte(MG), não institucionalizado, sem vínculo formal ou partidário, que realiza reuniões regulares semanais e que vem discutindo as relações entre diferenças e convívio social desde o final de 2011. Fazem parte desse grupo profissionais e estudantes de várias áreas ligadas às ciências humanas, à psicologia e às artes plásticas e cênicas.
Será um encontro espontâneo na Praça de pessoas que se identificam com a proposta. Estão programadas performances artísticas e interativas, com a produção de objetos, cartazes e instalações. Serão disponibilizados botoms, camisetas e adesivos com o tema da campanha.
A identidade visual desse movimento foi desenvolvida pelo artista plástico, ilustrador e escritor Marcelo Xavier. O convite para participar do evento vem sendo feito por meio das redes sociais e também pelo eficiente “telefone-sem-fio“ entre amigos.
Como surgiu a ideia da manifestação?
O grupo se reunia há alguns meses pra falar sobre deficiências. A gente percebeu que precisávamos fazer alguma coisa. Assim, surge a ideia da manifestação como uma espécie de início de campanha de conscientização.
Quem são os seus organizadores?
Marcelo Xavier, Pedro Perini-Santos, Lissandra Guimarães e Frederico Caiafa são alguns dos organizadores; mas tem muito mais gente envolvida e empenhada.
Quais são os principais objetivos, além do objetivo principal de combater o preconceito de um modo geral?
A ideia é colocar o tema na praça. Pode ser que as pessoas passem a falar mais sobre o que são os preconceitos. O preconceito e a inibição das manifestações das singularidades vêm de casa. Uma pessoa que se sente alvo de preconceito vai agir assim: com medo, receio, timidez e, provavelmente, algum tipo de agressividade contra ela ou contra um grupo imaginário. Nesse sentido, a proposta é falar para todos que todos são bem-vindos.
Qual é a sua expectativa para essa primeira manifestação?
Não sei muito bem. Podem ir 10, 100 ou 1000 pessoas. Aposto mais no último número.
O movimento TODO MUNDO CABE NO MUNDO pede que cada pessoa leve para a Praça uma sombrinha (daquelas de uma chuva só!), com uma intervenção artística – pintura, colagem, costura, desenho, fitas… vale tudo! A sombrinha, que é o adereço-símbolo da manifestação, deverá ser aberta na praça durante o evento. Todos cabem debaixo dela. Todo mundo cabe no mundo!
Contato: E-mail do grupo – diasempreconceito@gmail.com