7 de novembro de 2013
Atualmente, a humanidade consome mais recursos renováveis do que a Terra consegue regenerar. Apenas 16% da população mundial é responsável por 78% do total do consumo no planeta e essas mesmas pessoas são também responsáveis pelo descarte dos resíduos daquilo que consomem.
É urgente que o nosso consumo se torne mais consciente e que o modelo de produção seja mais sustentável. Quanto maior a vida útil de um produto, menor será a necessidade de descartá-lo. Se a reutilização ou o conserto não forem opções possíveis, a reciclagem dos resíduos é o caminho.
Assim, será possível alcançar o bem-estar desejado pela sociedade com um uso muito menor de recursos naturais do que o atual por meio de, ao mesmo tempo, uma produção mais responsável e um consumo mais consciente.
A coleta seletiva surgiu como uma possibilidade para a destinação dos materiais que podem ser reciclados. Esse processo consiste na separação e no recolhimento dos resíduos descartados, que são destinados à reciclagem, que é a utilização, como matéria-prima, de um produto que seria considerado lixo.
É ei. Desde 2011, está em vigor a norma da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A Lei nº 12 305, que tramitou no Congresso por 21 anos, determina que todos os municípios do Brasil devem fazer a separação do lixo corretamente, através da coleta seletiva. O objetivo é dar um destino correto para os mais de 57 milhões de toneladas de lixo que o Brasil produz por ano, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Desse total, apenas 2,4% dos resíduos sólidos são reciclados.
Belo Horizonte (MG) descarta por volta de 3.500 toneladas de lixo diariamente. A coleta seletiva na cidade existe desde 1993 e ocorre em duas modalidades: ponto a ponto, em que a pessoa deve destinar seu lixo reciclável a contêineres específicos disponíveis na cidade; e porta a porta, em que o caminhão da Prefeitura recolhe os recicláveis na porta da casa de cada um. O programa BH Recicla, lançado em 2007, é uma expansão do serviço de coleta seletiva.
Neste tipo de coleta, os materiais recicláveis são separados pelos moradores, colocados no passeio para serem coletados por um caminhão baú. Atualmente, a coleta porta a porta está presente em apenas 30 bairros de Belo Horizonte, que possui, no total, 284 bairros. É muito pouco!
Para ter o seu lixo recolhido, basta separar os materiais recicláveis (papel, metal, plástico e vidro), higienizá-los e colocá-los no mesmo saco plástico, no passeio, às 8h, no dia definido para a coleta seletiva da sua rua. Confira aqui os bairros atendidos.
Nesse tipo de coleta, são instalados contêineres nas cores padrão definidas pela Resolução do Conama para os materiais recicláveis: azul para o papel, vermelho para o plástico, amarelo para o metal e verde para o vidro. A população separa os recicláveis em sua residência ou local de trabalho e os deposita nos contêineres instalados pela Prefeitura. Cada endereço é chamado de Local de Entrega Voluntária (LEV). Confira aqui os endereços dos LEVs.
• Não jogue lixo ou entulho nas vias públicas, córregos, lotes vagos, bueiros e encostas. Além de poluir a cidade, o lixo nas ruas entope bocas de lobo e pode provocar enchentes.
• Embale corretamente seu lixo, em sacolas resistentes, bem fechadas e de tamanho adequado, para evitar que elas se abram e espalhem o lixo nas vias públicas. Lixo não embalado, além de exalar mau cheiro, atrai animais que podem ser portadores de doenças.
• Proteja o vidro e outros materiais pérfuro-cortantes (estiletes, pregos, lâminas) com material resistente antes de colocá-lo na sacola e pressione as tampas das latas para dentro. Esses materiais desprotegidos podem ferir os garis e os catadores, mesmo que eles estejam usando as luvas protetoras.
• Agulhas de seringas não devem ser jogadas no lixo, entregue-as em um posto de saúde devidamente acondicionadas.
• No trânsito, respeite os cones de sinalização. Eles estão ali para proteger os varredores, que estão trabalhando para deixar a cidade mais limpa para todos nós.
• Zele pela conservação dos cestos coletores e dos contêineres de coleta seletiva. A depredação é prejudicial a todos.
• Respeite os dias e horários de exposição do lixo para coleta, evite deixar seu lixo na rua por mais tempo que o necessário.
• Também não devem ser jogados no lixo domiciliar resíduos como pilhas, baterias, lâmpadas, pneus, etc. Esses materiais constituem os chamados Resíduos Especiais, e devem ter destinação especial. Pilhas e baterias, por exemplo, devem ser encaminhadas aos fabricantes, que são responsáveis pela sua destinação correta. Veja aqui mais detalhes sobre esse tipo de descarte.
• Não queime o lixo. Essa prática é proibida.
• É dever do proprietário do imóvel preservar e manter limpa a calçada em frente ao seu estabelecimento ou residência.
• Quem produz entulho de construção civil deve dar a destinação adequada para eles. O caminhão da SLU não recolhe entulho.
• Restos de poda, entulho e móveis velhos não são recolhidos pelo caminhão. Leve-os para uma Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV). Consulte aqui a mais próxima de sua casa.
• Lugar de lixo é no lixo. Use as lixeiras. Não jogue lixo no chão.
• O caminhão da coleta seletiva recolhe só o material reciclável. O lixo comum não é recolhido por ele. Portanto, não misture os materiais recicláveis com o lixo comum.