11 de março de 2015
Na semana passada, apresentamos aqui no blog diversas maneiras de economizar e contabilizar o uso da água em nossas residências. Esse tipo de consumo é o nosso consumo direto. É a água que utilizamos para realizar as nossas tarefas diárias.
O que é o consumo indireto?
A água é indispensável para a nossa saúde e para as nossas tarefas dentro de casa, como citamos no post passado. Porém, essa é uma pequena parte do que realmente utilizamos. Existem outros personagens que também consumem uma expressiva quantidade de água e que são indispensáveis para a nossa sobrevivência: limpeza das ruas, bombeiros, agricultura, etc. É o que chamamos de necessidade indireta de água.
Por exemplo: a água que utilizamos para lavar os alimentos que compramos é contabilizada como consumo direto. Já a água utilizada na produção e no cultivo desses alimentos, é contabilizada como consumo indireto.
E como contribuir para a economia de água nos setores industriais e agropecuários? O consumidor consciente deve sempre levar em consideração o conceito de água virtual, que é a quantidade de água envolvida em toda a cadeia de produção de algum produto. Assim, no ato do consumo, o indivíduo está consumindo também a água que foi usada como matéria-prima, na fabricação, no resfriamento das máquinas na indústria, na alimentação (no caso de animais), etc. Nesse caso, refletir sobre os próprios hábitos de consumo é uma maneira de evitar o consumo exagerado ou desnecessário de vários produtos e, com isso, diminuir o gasto de água.
Quanto gastamos com o consumo indireto?
Apesar da parcela importante do consumo residencial, são os setores industrial e agropecuário os maiores consumidores de água. Somente a agricultura, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), utiliza 69% da água potável existente no mundo.
Já a indústria é responsável pelo uso de 22% da água potável. Conforme Ivanildo Hespanhol, professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da USP e diretor do Centro Internacional de Referência em Reuso da Água (Cirra), a solução para as empresas seria o reuso. Ele cita dados da Fiesp que indicam que as empresas têm conseguido redução da captação em 40%. “As indústrias têm investido e gerado 40% a 80% de economia na conta”, afirma ele. (Fonte)
Para ficar mais claro, a gente mostra um gráfico feito especialmente para demonstrar quantos litros de água são necessários para produzir uma variedade de itens, desde uma fatia de pão até um automóvel.
Apesar de muitas empresas já estarem investindo em tecnologia para reduzir o consumo de água na fabricação ou cultivo de seus produtos, o consumidor também pode contribuir para a aceleração desse processo, uma vez que é ele quem determina as práticas das empresas. Assim, quando um indivíduo escolhe um produto tendo como critério a conduta social ou ambiental dessa empresa, ele a estimula a continuar mantendo seu comportamento e incentiva outras empresas a adotarem essas mesmas práticas.
O que mais podemos fazer?
Além de ficarmos atentos às práticas sustentáveis das empresas e dos produtos que consumimos, também podemos economizar água reduzindo o consumo de alguns itens da lista acima. Por exemplo:
– Deixar o carro na garagem mais vezes na semana e escolher outros meios de transporte é uma grande atitude a favor da economia de água! Menos gasolina e poluição, mais saúde e disposição!
– Reutilizar embalagens plásticas, reciclar e separar o lixo para a coleta seletiva também é um grande passo para reduzir o seu consumo indireto de água. Comprar alimentos que não venham em embalagens, dizer não às caixinhas, potinhos e bandejinhas desnecessários, dispensar as sacolas plásticas e, que tal, fazer a sua própria ecobag reutilizando uma camiseta velha? Clique aqui e aprenda!
– Reduzir o consumo de alimentos de origem animal. Você já ouviu falar da campanha “Segunda Sem Carne”? Segunda-feira é mundialmente conhecido como o dia para mudanças, dia para tomarmos decisões, começarmos transformações e novidades. A Campanha Segunda Sem Carne se propõe a informar as pessoas sobre os impactos que o uso de produtos de origem animal tem sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e o planeta, convidando-as a tirá-los do prato pelo menos uma vez por semana e a descobrir novos sabores. Conheça mais aqui.