Mulheres e a venda de produtos

7 de abril de 2016

O mês (considerado) das mulheres passou e muito se falou a respeito de suas conquistas, mas uma parte desse assunto ainda gostaríamos de abordar: o uso da imagem feminina na publicidade. Isso sempre levantou grandes polêmicas. E não é de hoje!

O preconceito e o machismo, principalmente, foram evidentes em décadas passadas. As mensagens eram diretas: os homens vão trabalhar e as mulheres cuidam da casa. Era nítida a desvalorização da imagem feminina, do papel social da mulher.

Recentemente, a Sony também entrou nessa discussão, utilizando a figura feminina numa propaganda da PlayStation Vita, em uma revista francesa. O anúncio mostra a imagem de uma mulher com seios na frente e atrás, em que aparecem os seguintes dizeres: “Duas faces táteis, o dobro de sensibilidade”, referindo-se à tela de toque frontal e ao painel de toque traseiro. O anúncio gerou muita polêmica.

Para traçar um panorama do uso da imagem feminina na publicidade para reforçar o ideal machista, apresentamos uma seleção de anúncios das décadas de 1950 e 1960 que se mostram, hoje, verdadeiras aberrações.

Me Leggs: “É muito bom ter uma garota em casa”.

Corbatas Van Heusen: “Mostre para ele que é um mundo de homens”

Fusca: Papéis bem definidos.

Electrolux: “Viseira de Cavalo… Porque ela recusa (recusa aceitar) novas ideias”.

White: O sonho de toda mulher: uma máquina de costura.

Alcoa: O presente ideal, segundo este anúncio, é um ferro de passar.

Griffin: Não, este anúncio não está vendendo lingerie, mas sim a graxa do sapato.

Kenwood: “O chefe faz tudo, mas cozinhar… Para isso existem as esposas!”.

Vitaminas PEP: “Quanto mais duro uma esposa trabalha, mais bonita ela fica!”.

Chase & Sanborn: Se não fizesse um bom café em casa… poderia receber ‘palmadas’ de seu marido.

Na sociedade brasileira atual, é inegável a conquista de direitos e de espaços pelas mulheres. Mas, infelizmente, a publicidade continua explorando a imagem feminina para promover e vender seus produtos.