30 de outubro de 2019
Essa é uma pergunta que pode estar saindo de moda. No mundo do século 21, neste ano de 2019, a consciência ambiental, embora tenha se ampliado, não é ainda suficiente para mobilizar todas as pessoas e provocar ações positivas no sentido de que “não existe fora” para jogar tanto lixo produzido diariamente em todo o nosso planeta. Cientistas, pesquisadores, ambientalistas, engenheiros e ativistas vêm se dedicando para criar soluções e promover uma mudança radical no comportamento extremamente consumista de uma sociedade que se mostra irresponsável diante da produção excessiva de resíduos e das dificuldades para o seu descarte.
A tomada de consciência, que vem se ampliando em relação aos modos de produção, ao consumo exagerado e ao lixo que essa relação provoca, passa necessariamente pelos muitos “Rs”, que já conhecemos: Repensar (Refletir), Recusar, Reduzir, Reparar, Reutilizar, Reciclar, Respeitar, Reintegrar, Responsabilizar-se… Enfim, são verbos de ação que poderiam ser sintetizados em uma única palavra: REEDUCAR ou, mais ainda, REEDUCAR-SE diante da urgência de preservar, proteger e recuperar o nosso ambiente inteiro.
Pessoas em todo o mundo se preocupam e agem diariamente no sentido de encontrar soluções eficazes para resolver tantos problemas ambientais. Empresas investem em tecnologias limpas e em processos de produção que contribuam para reduzir etapas, evitar desperdícios, diminuir resíduos, evitar contaminações e participar de um movimento que leve ao reaproveitamento máximo de recursos energéticos e das matérias produzidas. Embora todo esse esforço exista, a destruição do meio ambiente avança e milhões de pessoas ainda não deram nem o primeiro passo na direção do primeiro ‘R’: Repensar ou Refletir sobre suas atitudes diárias.
Assim, com todas essas questões ambientais graves e urgentes, poderíamos começar nos perguntando, seja em casa ou no ambiente de trabalho, diante de uma lixeira: qual será o melhor destino para este material?
Ao pensar no descarte correto, devemos analisar antes o tipo de material e em que categoria de coleta seletiva ele se encaixaria. Vale sempre lembrar a diversidade do nosso lixo contemporâneo: plástico, papel, vidro, metal, orgânico, inorgânico, doméstico, comum, hospitalar, urbano, eletroeletrônico, reciclável, tóxico, radioativo…
Vale considerar ações eficazes voltadas para a redução do lixo: triagem, coleta seletiva, reciclagem, usinas de processamento, compostagem, coprocessamento, biodigestores, entre tantos outras.
Em uma postagem anterior, exploramos o tema do desperdício e também destacamos a forma como a VINA e seu Departamento Socioambiental vêm praticando os princípios da corresponsabilidade social e ambiental por meio de ações e processos educativos que envolvem a sua equipe interna e a comunidade do seu entorno. Por toda a empresa, a prática da reutilização, do reaproveitamento e da reciclagem de materiais diversos está diante dos nossos olhos: mobiliário, objetos utilitários, objetos de decoração e de sinalização fazem parte do cotidiano da empresa, dentro e fora da sua sede, localizada na Região do Barreiro, em Belo Horizonte (MG).
O descarte inteligente, a redução do desperdício e a reutilização de materiais fazem parte de um processo permanente de educação ambiental. A corresponsabilidade é difundida e estimulada e a equipe interna da VINA vem se mostrando cada vez mais consciente em relação às questões ambientais contemporâneas. Recentemente, um evento interno importante mobilizou toda a empresa em torno de ideias e propostas positivas voltadas para valorizar as relações e o ambiente de trabalho. O whorkshop Ambiente Legal foi mais um passo importante dado pela VINA no seu processo de contribuir para reduzir os danos socioambientais da vida moderna.
Os conceitos de economia de materiais, de redução de resíduos e de reutilização e reaproveitamento foram muito bem utilizados pela Equipe Vermelha, que teve sua proposta de substituir o uso de papel toalha nos banheiros e no refeitório da empresa pelo secador de mãos aprovada pela maioria dos participantes do Ambiente Legal. A proposta está sendo aprimorada para ser implantada na VINA em 2020. Além da substituição da toalha de papel, a Equipe sugeriu mais uma opção de reaproveitamento do tecido dos uniformes da empresa que são triados e encaminhados para o descarte inteligente: produzir ‘jogos americanos’ e suporte de mão para serem utilizados no refeitório coletivo.
Considerando que o reaproveitamento industrial de resíduos têxteis é um processo complexo e que, na VINA, o reaproveitamento criativo de uniformes descartados já vem sendo praticado há um bom tempo, a criação desses jogos americanos vem completar a proposta de reutilização econômica apresentada, destacando ainda que a sua produção incluirá a utilização de mão de obra da comunidade local com geração de renda!
O Departamento Socioambiental da VINA sempre esteve atento e consciente da importância do reaproveitamento de materiais no processamento e no descarte de resíduos da própria empresa e de seus parceiros. Especificamente, o reaproveitamento dos uniformes da empresa – que segue as recomendações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) para o seu descarte correto – tem gerado uma infinidade de peças utilizadas como material de divulgação e de sensibilização, além de peças decorativas e utilitárias. Os tecidos dos uniformes já foram reaproveitados em capas de agendas e de cadernos, bolsas, pastas, mochilas, etc., e também no mobiliário dos escritórios como capas de cadeiras, e, nos eventos internos, como toalhas de mesa, aventais, figurinos, painéis decorativos, entre outras possibilidades. Todo o processo de desenvolvimento e de produção dessas peças é feito em parceria com artistas e designers e, sempre que possível, utilizando a mão de obra de artesãos e cooperativas locais para gerar renda e sensibilizar a comunidade sobre as questões ambientais que afetam a todos.
“A reutilização das sobras de tecido para a confecção de produtos e roupas é o processo mais artesanal de reciclagem. Além de ser nossa paixão e atividade, aqui no Banco de Tecido, acaba sendo uma alternativa inteligente que amplia a vida útil dos tecidos produzidos, modifica e incentiva os diferentes processos criativos para a reutilização destes tecidos, reduz o impacto ambiental por evitar novas produções de tecido desnecessárias e auxilia na manutenção de uma rede de pessoas que pensam e vivem buscando alternativas melhores e mais sustentáveis para o seu negócio!” Lu Bueno (Banco de Tecido)
Quer conhecer um pouco mais sobre a reutilização e a reciclagem de tecidos?
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A reutilização de materiais propõe prolongar a sua vida útil e garantir que o seu descarte final só aconteça quando não houver opção. A grande maioria dos materiais reutilizados pode ainda ser encaminhada para a etapa da reciclagem, em processos de transformação que têm avançado muito com o suporte da tecnologia e da ampliação da consciência de pessoas e organizações para os perigos do esgotamento de recursos naturais e das ameaças que a poluição e destruição ambiental significam para o futuro próximo do nosso planeta. Incorporar todos os conceitos positivos atualmente propostos tem que ser uma meta coletiva, local e global, para que uma mudança radical de atitude realmente aconteça. É um esforço que envolve mudanças de comportamento, de valores e de realidades, permeadas por questões políticas, econômicas e sociais muito complexas.
A urgência dessas questões pede nossa reflexão. Vamos refletir juntos, vamos repensar nossas atitudes cotidianas, e vamos agir coletivamente. A cooperação nos indica um caminho bom que é o de reaproveitar boas ideias e iniciativas de reutilização de materiais e objetos, seja em casa, no trabalho, no bairro ou na cidade.
Podemos, por exemplo, começar a recusar produtos fabricados por empresas que não respeitam a natureza ou prejudicam o meio ambiente. Podemos ajudar a divulgar as boas práticas ambientais, sejam locais, regionais ou mundiais.
Podemos também pesquisar e descobrir movimentos incríveis que não param de trabalhar com ideias e conceitos transformadores como ecodesign, upcycling, compostagem, biocombustível…